Postagens

Mostrando postagens de 2018

Set

(Víctor Lemes) Ao me aproximar do fim de uma era, Devo dizer que os meus vícios Todos eles devem ficar aqui, Não os quero mais comigo No ano que se aproxima. E a cada tentação de um instinto Animal a que não mais me pertence, Um convite será feito dos céus Do meu peito, e estarei à frente De novos versos como estes. Ao contrário do que costumava fazer, Não enterro mais meus outros eus. Cada um se encontra em seu quarto, Todos estão com seus cadernos E todos hão de escrever-me em versos. Aprendi que sombras não se matam, Se aprende a conviver com elas. Elas nunca se desfazem de nós Pois não existiriam a sós. E então, tenho uma coleção de outros Que assim como eu, também já viveram. Eles estão em mim, mas não são o que sou. São uma porção de passados. Dê-me, então, a permissão De ser seu eterno presente.

Igualdade

(Víctor Lemes) Eu estive refletindo nas últimas semanas sobre igualdade de gênero. Tem muita gente que eu conheço que diz: Víctor, você é muito feminista pra um homem, acho que você, um cara que lê de tudo que é filosofia aí, tinha mesmo é que não pender pra um lado só, tinha é que pregar pela igualdade entre mulheres e homens. Senhores que assim pensam, é o seguinte. Sim, eu acredito que tenha que haver a possibilidade de homens e mulheres coexistirem com igualdade de direitos e oportunidades. No entanto, enquanto eu não ver as mulheres terem o mesmo que os homens têm hoje, em todo e qualquer âmbito possível, eu não posso querer lutar pela igualdade humana. Penso que a história humana só se deu em suas revoluções, por etapas, nada foi de repente. Tudo foi preciso de capítulos pra que as pessoas despertassem para a mensagem do livro da vida. Enquanto as mulheres forem, aos olhos do homem, inferiores, eu vou defender o direito de liberdade delas. Se isto me faz um feminista, femin

Different

(Víctor Lemes) Tell 'er you like 'er, they say. It is not necessary, though, I say, sentiments are not meant To tell, rather to feel. Once I love 'er, she'll know. Feel it? Do not hear it nor read it, For words are nothing. It is hard to find a deep person Like you are, they say. So be one yourself, I reply. Are we both lucky? Perhaps... 'I am glad you've found 'er,' But, have I? Question is, Has she found me? Yet, would she have found me If she'd never lost me? What do words and sword Have in common, I ask. Both can be written with The same number of letters; Both can be manipulated By the wielder to attack And to defend; Both can save and kill. Be aware of 'em! I am waiting by the gates Of your chambers of torture, I am willing to find your truths You just have to invite me in.

2018

Tenho ensaiado este discurso por dias. Eu acho que entendi o meu papel no mundo, e este ano de 2018 me serviu para provar algumas coisas que para mim eram apenas teorias e fantasias. Ano passado, para mim, foi um dos anos mais difíceis, em vários aspectos, e quem me conhece, sabe do que estou falando. No entanto, este ano foi um ano de bençãos. Então, eu devo começar esse agradecimento desta maneira: Eu te agradeço, Víctor Lemes. Pois, se não acreditasse naquilo que é, não conseguiria realizar um centésimo do que realizei este ano. No meu mapa astral tinha uma frase assim: "Você terá sempre a Sorte ao seu lado." E, de fato, eu sempre a tive por perto. E acho que este ano, foi bem mais Tenho uma série de coisas a agradecer à Existência este ano. A primeira a receber meus primeiros pedaços de bolo de aniversário e ser lembrada aqui é minha mãe. Hoje, ela é mais que uma mãe para mim, e a tenho como um ser que a levarei e sempre serei grato por ter nascido de seu útero. Iss

Guardiã

(Víctor Lemes) Tive um sonho, e gostaria de compartilhar o que vi e vivi. Estava eu em uma espécie de parque, daqueles gigantes, cheios de verde e lagos por todos os lados. Era possível ver os gansos, e os cães das famílias que ali vagavam. Estava acompanhado ou acompanhava alguém, e esta pessoa me guiava por entre os gramados e as árvores, me conduzia, a pequenas passadas, pelos cantos imaginários que um ambiente como aquele teria. Tudo era novo para mim. Observava com curiosidade tudo ao meu redor, principalmente as crianças. Foi num desses momentos que topei com uma delas. Ela cruzou meu caminho em uma corrida de brincadeira (ou fora eu que havia cruzado seu caminho?). Era linda: deveria ter uns oito ou nove anos, tinha cabelos claros curtos, talvez louros; um par de olhos claros, e um sorriso com uma janela inocente na parte frontal, faltava-lhe um dente. Então, olhei para a pessoa que me acompanhava, dei uma piscadela de cumplicidade com meu olho direito, e me virei para a meni

1:12

(Víctor Lemes) Convido-a a entrar em minha vida, Feito vento ou leve brisa Que sem pedir licença alguma Sopra através do meu rosto a poeira De algum lugar de outrora, Que nunca visitei e nem o farei. Sou desses que entram sem bater, Prefiro assim, Que seja na surpresa, Eu te encontre em minha vida, Após um longo dia que nunca acabe. Lhe aguardo então, do jeito que você for. Não me importo como você seja, Se por dentro for e souber que é Do todo, uma parte; da luz, uma centelha. Aos poucos, vou lhe dizendo, Vou insinuando como sou, Aos poucos para que assim não se assuste. Não sou uma pessoa normal, sabe? É bom saber disso desde o antes do começo. Na verdade, é bom o que nada contém.

Permissão concedida

(Víctor Lemes) Venho por meio deste, Lhe informar os seguintes dados Retirados de todos os corações Que um dia cruzara em sua jornada. Me fogem as palavras, Pois não sou o mais esperto Dentro desta literatura Que condiz com sua realidade. Redijo, então, como que ditado Pelo Amor do universo E dele, como sempre fui, Sou apenas um escrevente. Não poderia ser justo diante De você, pois sou como um navio: Desbravejo os oceanos da sua vida, Mas ainda, velejo apenas na superfície.

Deus é ela

(Víctor Lemes) Tudo em excesso faz mal, Dizem, no entanto, já reparou Que em maior parte são Os masculinos que estragam mais? O café, o chocolate, o açúcar, O cigarro, o álcool, o egoísmo. Estes são os que consigo listar Agora ao caminhar pra casa, E vejamos, Todos eles em excesso São terríveis. Destroem o indivíduo. Agora vejamos o mundo feminino, Pensemos sobre as coisas que Em excesso nos fazem bem, Vamos encontrar muitas. A começar pela felicidade, A amizade, a cidadania, a ética, A responsabilidade, a sinceridade, A cultura, a bondade, A liberdade. Constroem o coletivo. Nesta vida, nasci homem. Mas não teria nascido sem uma mulher, Não é à toa que a existência é feminino. Quando O meteoro vier apagar Os erros dos homens, Que A vida renasça só com elas. Precisamos de mais vírgulas, E menos pontos finais.

Soneto Cinco

(Víctor Lemes) Tengo la impresión de que Ni en sueños te encontraré Porque tuve no uno, pero dos De ellos, y te buscaba en ambos Todavía, no estabas allí. No estabas disponible para mí. De coche había viajado Cerca de seis horas para verte. Y aún, ni tuya voz pudo oír. Después de tentar llamarte En el móvil, de la ciudad salí. Cuando me desperté hoy No estaba triste, pero feliz: Pues és en la realidad que te vi.

Carta aos 30

Há duas possibilidades, na minha humilde opinião, do que pode acontecer após o resultado dessas eleições. Todavia, antes de começar a explicá-las, é importante ressaltar que agora não é mais o momento de ficarmos remoendo o que era pra ter sido feito nos governos FHC, Lula, e Dilma, porque já foi; eu gosto de assistir Fórmula 1, e após um dos pilotos, Lewis Hamilton, ter perdido uma corrida por estratégia errada na troca de pneus por parte da equipe, ele foi indagado o que poderia ter sido feito, e eu gostei de como ele pensa: “sempre depois da corrida, a gente consegue ver o que poderia ter sido feito, mas agora já acabou e não tem mais o que fazer; é preciso que a gente se lembre disso, para evitar essa estratégia em situações similares na próxima corrida”. Ficar remoendo coisas de algo que já foi é perda de tempo. Todos sabemos que determinado presidente devia ter feito isso ou aquilo, se não o fez, não era de interesse dele, oras. Vamos pegar o que restou do Brasil e tentar algo

Eu mereço

(Víctor Lemes) Após um longo dia de trabalho, Venho querer atender meu desejo De fazer-se merecer por algo Que seja bom em seu mínimo. E então, na ousadia do que sou E na minha falsa modéstia E ainda com sinceridade Muito curta, e direta, Peço-a um trecho de uma voz sua. E quando a ouço cantar, Pergunto-me, pois, se realmente Eu merecia tanto assim...

Ausência I

(Víctor Lemes) Embora haja tantos universos,  Apenas neste é que lhe encontrei E sei disso, pois neste plano Ou em qualquer outro Você é única. Dizem que falo difícil, Que sou difícil de entender, Que a vida é difícil, Que é difícil acontecer Sonhos que costumo ter. Embora haja tantas realidades,  Apenas nesta é que me encontrei E sei disso, pois neste plano Ou em todos os outros Você sou eu.

Como uma semente

( Víctor Lemes ) Se eu te buscasse, Você ficaria feliz? Se você quisesse, Sabe que eu voltaria atrás? Há tempos não voa, Não bate mais suas asas... Está presa em uma bolha, É como a rosa na redoma... Se eu te deixasse, Você ficaria contente? Se você sumisse, Sabe que eu seguiria sua gente? Há tempos não sorri, Não celebra mais as pessoas... Está agachada entre sombras, Não sabe por que ainda está aqui.

O que não pude lhe dar

(Víctor Lemes) Vou te contar um segredo: Quanto mais surpresas você receber Mais certeza você tem de que é amada Por quem lhe faz essas surpresas. É por isso que Deus age no silêncio. Ja reparou nisso? Por isso, não há necessidade De se preocupar com a vida. O que vier é lucro! Como dizem por aí... Inclusive a dor. O que chover na sua vida Aceite o presente dos céus, Pedi que Ele lhe desse.

Soneto Quatro

(Víctor Lemes) Mira, no tengo sueño Ni tampoco puedo dormir. Aún no me he dado cuenta Que el sueño que deseo tanto No és una cosa, pero sí Una persona, una criatura Que poseé un corazón Y una voz muy bonita Mis oídos sólo quieren Escucharla; y mi alma Desea no la incomodar Con mis sueños tan abstractos, Con mis versos tan sinceros, O con mís sorpresas.

Soneto Tres

(Víctor Lemes)  Creo que sea natural tener dudas, Recibir el amor de alguien extraño És como tener el amor de Cristo, Como si fuera un amor divino. Y yo no soy un ángel, sólo un hombre. Un hombre sólo también, sin coma. Dicen que el tiempo y el espacio son Dos cosas distintas, pero para mí no. El señor tiempo-espacio no me ayuda, Me obliga a esperarlo llegar con el futuro, Mientras yo quiero, solamente, ser tu presente. Y desafía mi paciencia, por no tenerla al lado. Sin embargo, él olvida que al amarte No estoy, no más existo... Soy tú.

O Sorriso

(Víctor Lemes) Dentre tantos outros motivos Me pergunto, às vezes, O porquê de - - INTERROMPEMOS NOSSA PROGRAMAÇÃO PARA INFORMAR ALGO MUITO IMPORTANTE: O que vê ou o que não vê Nas pessoas, é justamente Aquilo que não consegue Ou já consegue ver em si mesmo. Somos todos reflexos de um Gigante espelho chamado Universo. Nesse sentido, compreendo O seu não-sorriso, ou seus Só érri-ésses ou reticências. Desde criança, frequento casas Lotéricas, ia com minha mãe Para apostar sobre o que sonhávamos. E uma das coisas que eu mais Gostava era algo que já não existe Mais: poder tentar raspar a sorte Naquelas raspadinhas... De certa forma, acho que ainda Faço isso, mas com as pessoas Que me importo ou que já fizeram Meu coração vibrar por elas... Com algum dos meus dedos Com unha mais comprida, Passo a raspar a casca que cobre Sua felicidade, afetada pelo Universo. Marcas registradas como a sua Deveriam ser mostradas sempre Para alegrar-se e alegrar qu

Sem título

 (Víctor Lemes) Estava parado numa estrada, Quando vi meu coração passar. Caminhava tão decidido à frente Que fiquei com medo de ficar pra trás. Sigo meu coração agora Para assim chegar no seu, Não sei mais o que fazer Além de te escrever quem sou eu.

Parapeito

(Víctor Lemes) Com o passar dos anos, Estou cada vez mais próximo Do parapeito do meu quarto, Esta imagem de total desapego Se confunde dentre vários outros Pensamentos que carrego dentro de mim mesmo. Com o passar dos dias, Estou cada vez mais distante Do parapeito real do meu quarto, Esta realidade de total anulação De quem carrega esse meu coração Não combina comigo, mesmo que magro me sinta pesado. Com o passar, sem qualquer complemento, Estou tremendo de frio por dentro E não é pelo vento e o dia cinza Que me encontra pela manhã, E sim pelo desejo de precipitar As lágrimas, que sem medo, se largam do parapeito do meu olhar.

Soneto Dos

(Víctor Lemes) ¿Quién eres tú, amada? En el silencio de una sonrisa Te has entrado en mi corazón Y has hecho demasiado daño. Destruyó todas las paredes, Instalóse en mi cabeza Como una memoria dulce Que traigo conmigo para siempre. No me importa más Quien eres tú, doña de la luna, Tienes un espacio eterno aquí. No te preocupes con eso, Fui creado para este fin: seguirte Donde vayas como la sombra de un eclipse.

Eclipse

(Víctor Lemes) Que besteira, não? Torcer para ver Como o olhar da Lua Se apaga nos céus do coração. Engraçado, não? Apagar o brilho do Sol Refletido naqueles olhos, Como se usasse óculos escuros. E, só, aqui eu penso... Como podem apagar O meu presente assim? E, só, aqui eu sinto... Como posso amar Tão longe de mim?

A música

(Ví ctor Lemes) Dizem que a língua universal É aquela da matemática, Pois, em qualquer lugar Que se vá, sua lógica É idêntica sempre. No entanto, penso que ela Não seja tão universal assim, Afinal, a matemática exige Uma certa razão, coisa essa Que nos falta às vezes. Penso que a verdadeira Língua que seja realmente Universal seja aquela chamada De música. Esta sim, atravessa O universo inteiro, nunca morre. Não há necesidade de palavra Alguma, tampouco pontuação. Basta que abra seu coração E sinta suas notas, suas escalas, São como versos nesta poesia. Admiro e amo aquela que Consegue traduzir sentimentos Em melodias, quando morrer Não quero expirar o ar, Quero cantar E então, nunca mais partirei.

Sem título

( Víctor Lemes ) Ando tão triste Às vezes, à noite custo-me A conseguir dormir E quando vou deitar Cubro-me com as cobertas O meu corpo, e as lágrimas O meu rosto Ando tão frio Quase sempre, à noite sinto O vento gelado atravessar Meu corpo, como se eu não Estivesse ali, como se nada Houvesse como matéria Que desviasse o ar

Consegue sentir

(Víctor Lemes) Consegue sentir? Meus dedos estralam antes De digitar estas palavras Que alguém me sussurra Bem próximo nos ouvidos, Como se quisesse que apenas Eu as escutasse... Consegue sentir? Os pelos que cobrem meus braços Estão tão despertos quanto Os desejos de uma criança Por algum presente dado sem propósito, Esse calafrio bom em meu corpo A tudo percorre... Consegue sentir? Como olho para estas palavras Que começam a aparecer nestas linhas Apenas por vontade própria De uma vez mais trazê-la em memória, Como que embrulhando-a com o olhar A tenho como presente... Consegue sentir? O quanto meus sentimentos não sei Mais como guardá-los, não sei Como ocultá-los, não quero mais omiti-los Há em mim a urgência de um alarme, Às pressas vivo meus instantes à espera De um instante ser o bastante... Consegue sorrir? Pois já lhe afirmei e repito inúmeras vezes Eis sua marca registrada Assim como a audácia é a minha Me pediram para que nunca a perdesse, N

Soneto Uno

(Víctor Lemes) No te preocupes, cariño. Mi perdone por quererte feliz, A el Papá y yo nos gustamos Muchísimo de su sonrisa. Por eso que planeamos Otra sorpresa para ti Pero, sobre ella no puedo dicer Casi nada más, tendrás que esperar. Lo que siento por tu felicidad És como mi Papá sientes por mía, És como una eternidad en euforia. Entonces, otra vez más hogo que Mi perdone por dedicarte mi poesía, Aunque distante, sólo confía.

Consegue sentir

(Victor Lemes) Consegue sentir? Meus dedos estralam antes De digitar estas palavras Que alguém me sussurra Bem próximo nos ouvidos, Como se quisesse que apenas Eu as escutasse... Consegue sentir? Os pelos que cobrem meus braços Estão tão despertos quanto Os desejos de uma criança Por algum presente dado sem propósito, Esse calafrio bom em meu corpo A todo percorre... Consegue sentir? Como olho para estas palavras Que começam a aparecer nestas linhas Apenas por vontade própria De uma vez mais trazê-la em memória, Como que embrulhando-a com o olhar A tenho como presente... Consegue sentir? O quanto meus sentimentos não sei Mais como guardá-los, não sei Como ocultá-los, não quero mais omiti-los Há em mim a urgência de um alarme, Às pressas vivo meus instantes à espera De um instante ser o bastante... Consegue sorrir? Pois já lhe afirmei e repito inúmeras vezes Eis sua marca registrada Assim como a audácia é a minha Me pediram para que nunca a perdess

Bom dia

(Víctor Lemes) Corro o risco de errar O termo nestes versos Apressados que escrevo Antes de me deitar Mas, creio que sejam As diferentes escalas De sua voz, de sua intonação, Que rio e sorrio vezes inúmeras Meu rosto regozija-se Do seu afeto que, espero, O universo pra sempre me cobre Da sua piada mais simples, Ainda assim brota da sua voz linda Minha gana de explodir-me Feito fogos de artifício.

Stray

(Víctor Lemes) If you manage to make me trust in you, I shall be like a stray dog you found somewhere. I can love you tons, as long as you let me in, Into your heart and life. I shall never forget your scent No matter how long nor how far We will be from each other. Once you let me into yourself, I shall let you have all the love I have on my own life. And that will be offered as instinct, As not expecting anything in return... Not a single bone nor cuddle at all. Perhaps, I am already like a stray dog Of yours, but you are not so sure yet To have me in your house... So, I shall stick around your house, Sleep by your porch, protect it from the others, And wait patiently 'til you finally decide To open the doors of your heart And let me in.

Adenanthera pavonina

(Víctor Lemes) Busco Melissas nos supermercados Mas ainda não as encontrei, Pra poder concordar ou discordar Da Joana, personagem que habita Hoje em minhas histórias. Se a vida for mesmo Como um jogo de tabuleiro, Sei que nunca serei dele as regras, Tampouco os peões... Desse meu jeito, nascido de um anjo, Sou do suposto jogo: o dado. Não sei ser diferente, Minha entrega é constante E um tanto ausente... Pergunto-me agora se o Pai Está esperando que eu mude O significado do nome daquela Cujo nome despertou em mim O poeta e nunca mais fui o mesmo. Chegou a hora de ascender O meu lampejo, (não tenho tempo) E dedicar os versos que sinto aqui Àquela cuja árvore tem o mesmo nome Desta poesia.

A lua (2)

(Víctor Lemes) Você já reparou que dizer a alguém que você a ama pode assustá-la de você? Daí inventamos outros termos: eu gosto de você, te admiro. E ninguém percebe que gostar, admirar e amar são como países. Numa sala de aula, olhando num mapa-múndi, é muito fácil delimitar onde um começa e outro acaba. No entanto, lá de fora, no universo, o astronauta não consegue distinguir um do outro. Ele não vê as linhas imaginárias que os dividem. Isso acontece porque nada foge do que é o Amor. Pois o nada também o é.

Sem título

"Te pago a lua, pois daqui da rua, ela é a única que pode refletir o meu olhar. Te peço, ó Lua, que daqui da rua, ela sorria e sorrindo apenas possa retornar o seu luar." (Víctor Lemes)

Meu Amor

(Víctor Lemes) Hoje acordei com esta indagação na cabeça: "Devo chamar a pessoa que amo de 'Meu Amor'?" Pois, veja bem, Já tive muitos Amores, E isso me deixa reflexivo. Hoje em dia, tento não mais associar O pronome possessivo "meu" Porque não possuo A mulher que amo. Não é um objeto a que me pertence. Acho que devia então chamá-la, Chamar aquela cuja a qual faz vibrar Meu coração agora, de "Amor", E de Amor apenas. Admiro muitas pessoas, E meu coração vibra por muitas mais, Então pensando agora... Todos são emanações do Amor interno. Do Amor puro que sou no coração, Transborda de mim a criação. E dessa criação de mim Nasce a poesia, A qual agradeço a oportunidade Desta mesma moça que despertara em mim Novamente o desejo de traduzir E versificar o Amor que me geriu, Me criou, Me viu, Me aconteceu. No entanto, meu Amor Por mim ainda não é completo E por isso, não o dou a ela tudo que tenho, Pois ela o merece por inteiro. Somo-a a Ele, O

Amethystos

(Víctor Lemes) Em todas as realidades Me encontro em mudança constante E por mais que tente entender Não há nada melhor que viver, E viver tão-somente. Há nos céus dos Universos Nuvens de estrelas que falecem E só assim podemos enxergar As cores que tinham em vida, Quem diria, a morte ser tão colorida? E um tanto contraditório Vou levando meus dias Enquanto um simples anseio desejo Que é de levá-la a um passeio Que um dia um leopardo Me ensinou o caminho.

Casarão

(Víctor Lemes) Quero mudar para aquele lugar, Debaixo das árvores gigantes Poder ao seu lado sentar E deixar com que o vento dite As regras... Espero poder acontecer Mesmo que este verbo seja incorreto, Mesmo que pessoas não aconteçam, Talvez com você ali ao lado Eu possa... Arde em mim um desejo E por mais que digam que estou Desperto neste mundo, Ainda assim, vivo neste sonho. Convido-a a, nele, ter seu terreno. Aguardo sua vinda para um passeio, E no fim de uma vida inteira Eu ainda estarei à sua espera.

Medíocre

Talvez eu seja medíocre mesmo. Por que não me aceitar Como os outros querem me ver Por que não aceitar tão-somente O rótulo que me foi dado antigamente? Talvez eu seja isso mesmo. Por que me enganar Ao pensar que a confiança um dia Vai voltar novamente Como um brinquedo antigo que perdera E que encontrara por acidente? Talvez seja isso mesmo. Ser um erro, uma falha num sistema Idiota, que na falta de quem valha Fui escolhido a atuar como dublê De alguém que por medo Também fugira. Vamos aceitar a minha mediocridade. Porque não é ruim e nem é boa, Ela só é a definição de outra pessoa Sobre aquilo que existia Sobre aquele que eu era Sobre a pessoa que assumo ser.

Cebola

(Víctor Lemes) Por debaixo das camadas Há uma revolta constante E enquanto eu não permitir Que tudo de mim transborde Não poderei deixar que Alguém tente me descobrir. Por debaixo da camada Que vê agora, há alguém Que se esconde com medo Medo de ferir, medo de doer, Medo de sentir medo por Algo que nunca chegue a acontecer. E por debaixo desta, vê se Outro alguém que carrega Uma vontade de chorar imensa Mas que, no entanto, não derrama Uma lágrima sequer, não por que quer Mas porque simplesmente não se lembra. Se retirar mais uma camada É capaz de encontrar o sorriso Espontâneo e o carinho insaciável De uma criança que não quis crescer E, por escolha impensável, desaparecer. Lá embaixo, através de todas elas, Quem quiser vai encontrar um ser Que sente o amor vibrar Como se as cordas de sua voz Fossem algum instrumento do além. Lá no fundo, há a criança, Um jovem vencedor que anseia Ser desejado e descoberto Com um gigantesco sorriso Pronto pra ser feli

Barco de Papel | Cantado por Carol Campos

Imagem
(Clique na imagem para ser direcionado ao clipe)

A Exaustão

Os olhos que mais me atraem, E a sua risada e seu sorriso Quando combinados Tornam meus dias mais alegres. Mais reais. Suas histórias e suas fantasias, Suas mentirinhas que acabam se tornando Realidade, sobre como poderia ter acabado Seu dia, ou mesmo, tê-lo começado, Tudo, me conquista. Não me incomoda suas marcas nos braços, Seus dentes desalinhados na frente, Sua orelha mais "abanada" que a outra (Embora haja listado tudo isso, e por ter tido Tempo de listá-los já indicar um certo incômodo), Ainda assim, me repito: Tudo, me conquista. Charmoso, e misterioso. Sincero, e sarrista. Inteligente, e um pouquinho grosso. Tudo isso sou eu, E é por nada mais e nada menos, Que estou apaixonado Por quem estou me tornando. E eu sei, hoje eu sei, Que nada mais existe além do gerúndio.

Sem título

Embora digam na vida haja altos e baixos, no fundo, lá no fundo, a gente sabe que o que foi alto era porque nos sentíamos baixos; e se teve baixos, foi porque nos sentíamos altos demais. Melhor seria se soubéssemos estar nivelados, como um terreno que está prestes a ser edificado. É preciso nivelá-lo primeiro. Perdemos muita energia, não tempo, tentando ensinar aos outros aquilo que aprendemos, mas nos esquecemos que apenas aprendemos por meio de nossas experiências. E acabamos achando que transmitindo nossas experiências a alguém, estamos desse modo ensinando-as. Ledo engano. O que me faz um bom professor? Às vezes fico pensando nisso... E chego a conclusão, quase sempre, que é porque consigo inspirá-los para serem quem eles não sabem que podem tornar a ser. Incentivo-os a ter suas próprias experiências. Não gosto quando passam a copiar apenas o que passo na lousa. Para mim, não faz sentido apenas copiar alguém. Com tanta informação sendo jogada na nossa frente, às vezes a gente se co