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Mostrando postagens de setembro, 2016

Adorável

(Víctor Lemes) Pensei que nunca mais veria O olhar que brotou brilhante Dos olhos daquele menino, Olhar este que a ela pertencia. Um par de olhos Muito parecidos Àquela cujo livro Não tem fim. E eu aqui pensava Que apenas ela os tivesse, Percebi então que Seus olhos, eu amava. Pois, vejo-os na criança Que encontro às quartas, E em saudades me debruço Nos versos que lhe guardo.

Passar, no diminutivo

(Víctor Lemes e Emilson Zórzi) Passeei por fronteiras, passei passarinho, E por cima das nuvens, montei o meu ninho. De graveto em memórias, fui botando capricho, Pra mais tarde, outras aves não virem por fuxico. E então em leve nuvem Fiz minha espaçonave Longe de mim, Não sou feito de asas não, Sou mal-feito, isso sim. Tenho os pés no chão Mas voo com meus olhos; Se aventuram neles Os que por esta terra pisaram. Vaguei por estradas, vaguei sozinho, E por sob as nuvens, perdi o caminho. De poesias e memórias reescrevo eu mesmo, Pois já não sou alado: apenas ao seu lado.