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Mostrando postagens de agosto, 2018

Como uma semente

( Víctor Lemes ) Se eu te buscasse, Você ficaria feliz? Se você quisesse, Sabe que eu voltaria atrás? Há tempos não voa, Não bate mais suas asas... Está presa em uma bolha, É como a rosa na redoma... Se eu te deixasse, Você ficaria contente? Se você sumisse, Sabe que eu seguiria sua gente? Há tempos não sorri, Não celebra mais as pessoas... Está agachada entre sombras, Não sabe por que ainda está aqui.

O que não pude lhe dar

(Víctor Lemes) Vou te contar um segredo: Quanto mais surpresas você receber Mais certeza você tem de que é amada Por quem lhe faz essas surpresas. É por isso que Deus age no silêncio. Ja reparou nisso? Por isso, não há necessidade De se preocupar com a vida. O que vier é lucro! Como dizem por aí... Inclusive a dor. O que chover na sua vida Aceite o presente dos céus, Pedi que Ele lhe desse.

Soneto Quatro

(Víctor Lemes) Mira, no tengo sueño Ni tampoco puedo dormir. Aún no me he dado cuenta Que el sueño que deseo tanto No és una cosa, pero sí Una persona, una criatura Que poseé un corazón Y una voz muy bonita Mis oídos sólo quieren Escucharla; y mi alma Desea no la incomodar Con mis sueños tan abstractos, Con mis versos tan sinceros, O con mís sorpresas.

Soneto Tres

(Víctor Lemes)  Creo que sea natural tener dudas, Recibir el amor de alguien extraño És como tener el amor de Cristo, Como si fuera un amor divino. Y yo no soy un ángel, sólo un hombre. Un hombre sólo también, sin coma. Dicen que el tiempo y el espacio son Dos cosas distintas, pero para mí no. El señor tiempo-espacio no me ayuda, Me obliga a esperarlo llegar con el futuro, Mientras yo quiero, solamente, ser tu presente. Y desafía mi paciencia, por no tenerla al lado. Sin embargo, él olvida que al amarte No estoy, no más existo... Soy tú.

O Sorriso

(Víctor Lemes) Dentre tantos outros motivos Me pergunto, às vezes, O porquê de - - INTERROMPEMOS NOSSA PROGRAMAÇÃO PARA INFORMAR ALGO MUITO IMPORTANTE: O que vê ou o que não vê Nas pessoas, é justamente Aquilo que não consegue Ou já consegue ver em si mesmo. Somos todos reflexos de um Gigante espelho chamado Universo. Nesse sentido, compreendo O seu não-sorriso, ou seus Só érri-ésses ou reticências. Desde criança, frequento casas Lotéricas, ia com minha mãe Para apostar sobre o que sonhávamos. E uma das coisas que eu mais Gostava era algo que já não existe Mais: poder tentar raspar a sorte Naquelas raspadinhas... De certa forma, acho que ainda Faço isso, mas com as pessoas Que me importo ou que já fizeram Meu coração vibrar por elas... Com algum dos meus dedos Com unha mais comprida, Passo a raspar a casca que cobre Sua felicidade, afetada pelo Universo. Marcas registradas como a sua Deveriam ser mostradas sempre Para alegrar-se e alegrar qu

Sem título

 (Víctor Lemes) Estava parado numa estrada, Quando vi meu coração passar. Caminhava tão decidido à frente Que fiquei com medo de ficar pra trás. Sigo meu coração agora Para assim chegar no seu, Não sei mais o que fazer Além de te escrever quem sou eu.

Parapeito

(Víctor Lemes) Com o passar dos anos, Estou cada vez mais próximo Do parapeito do meu quarto, Esta imagem de total desapego Se confunde dentre vários outros Pensamentos que carrego dentro de mim mesmo. Com o passar dos dias, Estou cada vez mais distante Do parapeito real do meu quarto, Esta realidade de total anulação De quem carrega esse meu coração Não combina comigo, mesmo que magro me sinta pesado. Com o passar, sem qualquer complemento, Estou tremendo de frio por dentro E não é pelo vento e o dia cinza Que me encontra pela manhã, E sim pelo desejo de precipitar As lágrimas, que sem medo, se largam do parapeito do meu olhar.