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Mostrando postagens de junho, 2008
Pingos de inverno (Víctor Lemes) Olhar os ladrilhos do chão, as cores laranja e vinho. Os livros, os passos. Às vezes me pego a pensar sobre coisas, que preferia nem lembrar. E são nesses momentos, que pisco os olhos, e as lágrimas teimam em sair. E é debaixo dos pingos de inverno, que choro. São os dias em que eu não tomo zinco. E enquanto é de noite, e tudo é frio, e o vento atravessa minha pele, que eu a vejo. Mas parece longe. É linda, é tímida. E eu dançava. Ah... Como eu dançava. Dançava Tina Turner. Mas eu cresci. E adquiri a vergonha com o passar dos anos. Vergonha de dançar... Pode? Eu já escrevi pr’uma Heloísa, a doze anos atrás. E entreguei a carta simples, impressa em folha A 4, cheio de imagens de Clip-Art. Não sei se ela leu. Mas então cresci e demorei pra re-aprender o quão belo é poder dizer àquela o quanto você a quer bem. E eu era rodeado de amigos, de arteiros, de capetas. Mas cresci. E aprendi que eles foram e não voltaram mais. Não até hoje. E por mais que eu