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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

"O Ômega é o Princípio"

Por muito tempo eu me ocupei em escrever sobre coisas que não me pertenciam, mágoas de memórias que nunca brotaram do meu ser, gastei a ponta de meus dedos ao teclar tantas letras inúteis, procurando buscar em mim o poder de provar os versos mais tristes e lindos que um homem poderia escrever. Dentro de poemas, demasiados chorosos, me escondi e me perdi de mim mesmo, e no momento em que eu tentava voltar a ser quem eu nunca deveria ter tentando impedir, me chegavam os comentários e as congratulações que diziam: estou feliz por ler seus poemas, principalmente aquele que diz isso e aquilo, aquele que te trouxe saudades de alguém ou de um lugar, aquele que citou o seu pranto fervoroso... fiz pessoas mais felizes ao ouvirem meus remorsos, meus versos tristes, minhas rimas pobres. Gostavam da minha dor. O que pode um poeta fazer senão escrever sobre aquilo que está morto dentro de seu ser? É a única maneira na terra de fazer reviver algo que já foi... É a mágica dos poetas poderem escreve

Não me desculpo por escrever-te

(Víctor Lemes) Não me desculpo por escrever-te Estes versos, pois, ironicamente, Não fui eu quem os quis escrever; Tampouco ter eles escrito Não me traz algum remorso, Enquanto por meio deles Conseguir de tua boca Aquele sorriso!

Escrever

(Víctor Lemes) Tive a chance de me carregar no colo, para acabar com o choro da minha criança interior. Tenho a impressão de que a vida, esta vida, é sem dúvida um livro aberto. Escrever é como caminhar: a cada passo dado, um verso. Há dias que sabemos o caminho, Enquanto outros... não achamos a saída.

Homenagem a Aristides

(Víctor Lemes) Aqui segue meu "a gente se encontra por aí" Para ele, que foi nesta vida, Meu avô paterno... Meu avô cabeçudo, e fumante ao extremo, Que só assistia Raul Gil E não tirava o chapéu para Corinthianos... Com exceção de mim e de minha mãe, é claro. Ele me cutucava com seus dedos machucados, Me fazia cócegas nos momentos Mais desnecessários... E me roubava o nariz! Seu Aristides, era você... Era você que agora há pouco Passara por mim, e me abordara Em dos lances de escada antiga: "Com licença, preciso ir... Preciso correr para casa!" O senhor não me reconheceu Tampouco eu o senhor, Mas ao ser tocado no ombro E ser acordado com a notícia Dada por minha mãe, sobre Seu falecimento... Tudo se encaixa, vô. A gente se encontra por aí, Pois sei que eles já se encontraram com o senhor, E já te indicaram o melhor caminho Para casa. Eu não sabia que te amava, Até soluçar tanto como agora ao não saber O dia que nossos caminhos se

Tempos de seca

(Víctor Lemes) Teve aquela que era linda, seus longos cabelos eram como ouro e bronze juntos, e seus olhos eram claros.. Mas ela queria não só eu, como também o Felipe, o Luis Fernando, e o Matheus. Teve outra que era bonita, e parecia ser “pensante”, porém era de se encostar e não desgrudar... Era famosa por seus ciúmes até entre amigos. Teve aquela também que já tem seu namorado, e com ele viaja para todo lado... Parcelam tudo juntos, seja os presentes de natal à dona Vânia e dona Rosa, ou a viagem ao exterior. Tem horas que na falta de amor, o que sobra é criar elo nas coisas, e dividir o pagamento, assim cria-se um “seguro de relacionamento”.  A situação do brasileiro que não liga a televisão para ver a novela da Turquia, que não lê “50 tons de cinza”, que não acompanha futebol e só tem um time “de coração”, que sabe escrever “ansioso” com S, que é consciente para com o Planeta Terra, que acredita que a propaganda do Greenpeace é uma baita d’uma hipocrisia, que encontra me