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Mostrando postagens de abril, 2015

Violões negros

(Víctor Lemes) Passo em frente à casa, e observo suas paredes, como quem procura um meio de invadi-la. Por sobre as janelas debruço-me as mãos, e com os dedos sinto o calor frio dos vidros. O piso de madeira geme enquanto meus pés o pisam levemente, como se neles eu não os pisasse, mas fizesse carinho. Toco a campainha, mas ninguém atende a porta; está um breu aqui fora, e lá dentro sinto alguém só. Prefiro ficar em silêncio do que gritar por atenção de quem na casa reside, pois não gosto de incomodar os vizinhos, embora haja poucas casas nos arredores. Com um dos cotovelos, quebro um dos vidros, e o barulho faz com que algumas formigas despertem de seus cochilos. Aventuro-me então para dentro da casa, e me deparo com um espaço amplo, com diversos violões negros por todos os cantos, há no centro da sala também um microfone. As cortinas estão fechadas, há luz brotando de algum dos cômodos próximo da sala. Não sinto medo de investigar quem na casa vive, mesmo que a escuridão esteja n

A Tempestade (Ou o Livro dos Dias) [Legião Urbana]

Seleção de trechos escolhidas pelos meus dedos, seguindo meu Chefe. Natália “Quando tudo é solidão É preciso acreditar num novo dia Na nossa grande geração perdida Nos meninos e meninas Nos trevos de quatro folhas A escuridão ainda é pior que essa luz cinza Mas estamos vivos ainda” L'avventura “Não façamos do amor Algo desonesto Quero ser prudente E sempre ser correto Quero ser constante E sempre tentar ser sincero” Música de trabalho “E quando chega o fim do dia Eu só penso em descansar E voltar pra casa pros teus braços” Longe do meu lado “Quero respeito e sempre ter alguém Que me entenda e sempre fique a meu lado” A via láctea “Eu nem sei porque Me sinto assim Vem de repente um anjo Triste perto de mim” Música ambiente “Tenho mais do que eu preciso Estar contigo é o bastante” Aloha “E meus amigos parecem ter medo De quem fala o que sentiu De quem pensa diferent