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Mostrando postagens de março, 2016

Meu Universo

(Víctor Lemes) Bem vinda ao meu Universo Assim eu lhe diria Ao encaminhá-la através Dos batentes Sem portas que há No meu interior. Isto é, Se um dia você Quisesse, né? Este é meu Universo: Um infinito de instantes Onde cada fração de segundo É e se torna importante. Há nele o não-tempo E o não-nada, Há tão-somente e por enquanto O caminho que te levaria Ao meu ser de dentro. Vê, não me preocupo Em não ter-lhe nos braços, Lhe levo em cada décima e terceira Letra do meu alfabeto, E se não bastar isso Na lua a quem tanto escrevo sobre Também lhe tenho ali: Em conjunto. Este é o meu Universo, Seja bem vinda, Eu lhe direi.

A Fim

(Víctor Lemes) Há um flerte de palavras, Eis a desvantagem De se ter o dom de usá-las E ainda sentir falta de alguém. Há um caminho a frente, Da última página do livro Não me desfaço, ao caminhar, Talvez ele, de fato, não tenha um fim. Meu instante carrego no bolso da camisa, Não quero mais ser troféu Na estante de ninguém Só pra me sentir alguém. Não vivo nem morro mais em vão, Se não aqui, acolá, tenho a certeza De que nos encontraremos novamente Até o dia que seremos afins.

Amores que (não) foram - 3º Livro Publicado

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Reuni todos os poemas escritos desde e para o meu primeiro amor até a atual,  e os dividi em 4 capítulos: A Calmaria, A Tempestade, A Maresia, e O Amor. Este é meu terceiro livro, e traz uma mescla de poesias amadoras e mais maduras, em sua grande maioria em português, mas algumas (por motivos "pseudo-óbvios") em inglês. Ele está disponível para compra no site Clube de Autores:

Turning over a new leaf

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As águas de março não apenas vem do céu para regar nosso solo; elas vem de dentro de mim, e saem por meus olhos neste momento. Março pra mim sempre será um mês emocionante, e agora mais ainda, porque me sinto mais conectado com o mundo interior. Estou aqui como mensageiro, e nesse caso, posso me corrigir e dizer “estamos”. Neste mês Ayrton Senna e Renato Russo fazem aniversário, e tenho muitas saudades deles, dos meus queridos patriotas. Tempos de um Brasil mais Brasil, não tão americano, e tão hipócrita. Hoje eu acordei mais cedo que o relógio despertador, isto significa muito para mim: antes que o tempo me acorde, eu despertei antes. Março deve se chamar assim por ser um marco na nossa história. Para mim, março traz essa saudade e alegria que comentei agora há pouco, mas para aqueles que viveram o dia 31, de 1964, não há alegria alguma. O dia em que iniciou-se o Regime militar no Brasil, o dia que iniciou um dos piores e mais vergonhosos fatos da nossa história. O dia que marcou

Why, O Why

(Víctor Lemes) When I am there, She, unfortunately, Seems not to be. Why does not time Like me?

Aemilia

(Víctor Lemes) Em uma das lembranças Que me entretêm nesta estrada Lembro-me, pois, Visitando um monastério Na cidade das três culturas Onde por algum tempo Me escrevi, e me escondi. Todos os caminhos Convergiam para o Sol E nele, então, havia O que para mim parecia A imagem de um leão. Tropeço agora, E desperto para a estrada Que me afronta, Petrifico-me de frustração, Sou de todos os demônios O camaleão.

Umas folhas

(Víctor Lemes) Pego esta estrada de terra Que está a me levar embora De mim mesmo... Na minha partida O vinho da taça Havia sido desperdiçado... Carrego comigo, nesta estrada, Tão-somente umas folhas E um tinteiro, E eu aqui caminho sem rumo Por um dia inteiro... Nas beiradas do caminho Só há mato, silêncio, solidão; Atravessando o caminho Só, há eu, meu remédio, e um coração. 

Venus

(Víctor Lemes) Levanta a cabeça e anda, Não fui Lázaro Mas hoje ouvi isso De um mestre. Escrever diferente Pra mim é tão sei lá, sabe? É o distanciar-se De tanta gente. Só há uma forma De eu escrever Diferente: Eu me escrever Nos meus versos Como fiz com todos os outros, E findá-los todos Com aquela expressão De sentimento Que só quem sou eu Saberá entender: Estou tão perto De estar desperto Que dou corda Para minha máquina Do tempo.