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E ele nunca mentiu

(Víctor Lemes) Talvez a barra que aparece e desaparece em frente a essas palavras que vou escrevendo seja um sinal, ou seja um aviso, como um batimento cardíaco, que meu coração agora bate e se conecta com o de outro Víctor. É como conversar com algo invisível, mas só por não conseguir vê-lo, não significa que não exista. É a dúvida que leva à descoberta, e eu sei que esta não chega no final de uma vida, nem de uma jornada; ela se encontra em todas as moradas de uma vida eterna, e se encontra em cada batimento cardíaco que nos cerca. Pra lhe dizer a verdade, ela está aqui neste momento. Esta é sua descoberta. Observe-a, ela esteve à sua espera, sem ter nunca demorado para chegar. Escrevo para os inúmeros Víctors que vão ler estas palavras, ou aqueles que apenas estão imaginando esses pensamentos, ou para aqueles que estão as discursando em outro lugar, ou aqui mesmo, em frente a tela de um computador, impresso na página de algum livro, ou na tradução impossível e ilusória de um pens