Domingo é tudo igual!

(Víctor Lemes)

Ah! A falta de ar voltou!
E com ela todos os meus anseios,
Meus desejos não realizados,
Toda frustração em não conseguir terminar,
Mais ainda em não ter a chance de começar...

E quando dá aquela sensação
de falta de ar, eu levanto, torço,
Viro, mexo e remexo,
Só pra respirar!
É a ansiedade...

Porque espero muito.
E que talvez não devesse esperar tanto.
Curiosamente tenho falta de ar até nos sonhos,
Por isso acordo cansado. Como se fosse
Um pesadelo, um sonho cansativo.

E descobri também, aliás,
Fiquei sabendo que já fomos
Pedras. Imagina o quão chata foi a nossa vida.
O incrível é que passou tão rápido pra já
Estarmos aqui.

E curioso ainda, é descobrir que
Quando a vida é chata, aqui,
Ela passa tão devagar!

Amém, existe a música!
Pra me fazer viajar, sem sair do lugar...
Tirando os pés do chão apenas pra dançar!


E não há mais nada pra lhe falar,
Porque os assuntos já acabaram,
A vontade de escrever está se acabando,
E daqui a pouco já é amanhã.

Tenho refletido muito ultimamente,
E na verdade, não cheguei a alguma conclusão plausível.
São pequenos pedaços, peças, caquinhos
Que tento juntar, colar, reatar...
Mas é difícil quando as suas bordas são tão distintas,
Tão quebradas, tão... diferentes.

E tudo que tenho a dizer, agora,
É que só me resta esperar,
Pois eu já não procuro mais...
Mas sempre vou estar,
No sentido mais banal de "always",
Do inglês: All ways.

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