"Todo número é Zero
diante do infinito."
- Victor Hugo
diante do infinito."
- Victor Hugo
O Número da Criação: NADA
(Víctor Lemes)
Contavam-se sete. Não mais que tal número havia de caber ao redor da mesa plástica. Por volta das sete, cadeiras e amizades reunidas, via-se comes e bebes na mesa. Cinco moças entre essas, ela. Dois rapazes, ele e eu. Ele, eu, aquela, ela, aquela, aquela e aquela. Entre risos e reclamações, passam os dias, as tardes de um dia que está prestes a acabar. Parecem esquecer do resto, o que importa é o que está ao redor. Somos nós.
Entre piadas e toques, celulares e olhares, fotos e sonhos, eles se entrelaçam. Esquecem-se os números, as contas, o dia ruim, a chuva de ontem, o sol “de rachar” de manhã... Elástico nos cabelos, nos pulsos. Não mais do que sorrisos, bastam para lhe fazer sorrir. Ama-os por isso. Ama-os para todo o sempre. Ele é responsável por eles. Talvez ele não saiba o quão pesado essa oração seja. Mas ele tenta manter a promessa.
“Não tenho medo de morrer.” Sabe com uma absoluta certeza, que assusta os outros. Quando alguém acredita com muita certeza de isto ou aquilo realmente está lá, acontece ou existe, é porque realmente está lá certo? Seria como a certeza que existe uma alma em cada um de nós. Ninguém consegue provar a veracidade, é um fato. Fatos não precisam de provas. Basta enxergá-los.
O menino no espelho já cresceu. Está lá fora a brincar com formigas. Destinado a estar só. Corre contra o destino. Mas este, ri de mim. Aliás, ri dele. Não existem casualidades no mundo. Ele não foi Édipo, aleatoriamente. Ele não é Junino sem propósito. Ele nasceu sorrindo, e sorrirá. Por onde passa leva às bocas, os sorrisos. E já isto basta, para o garoto. Seu sorriso já é o suficiente, penso eu.
Entre risos, aquela diz:
- O Ele e o Eu estão ficando bem íntimos, hein?
O Eu:
- Loucura é pensar que amizade não nos torna íntimos.
Eles caem na risada. Uns pensam, outros nem ligam. Amor ou amizade? Eis uma pergunta retórica...
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