Presente de Natal
(Víctor Lemes)
Mas é claro que seriam pra você,
Pra quem mais seriam elas,
Se não fossem pra aquela,
Somente pra ela.
Parecia que elas eram tudo,
Naquelas tardes da noite,
Quando ainda nos falávamos,
Quando ainda havia estrelas nos céus.
Podia ver-lhe, seu perfume não passava de poucos,
Muitos, alguns, vários...
Eram tantos os tipos, de felicidade que provei,
Não posso nunca reclamar, meu amor.
Não há nada de novo no mundo,
Só o repetido, os iguais,
Isso é o que se pensa e se faz,
Neste mundo de mentiras, de mentirosos.
Mas nunca podem comparar-me a tais
Ideologias, dogmas, promessas...
Pois tudo que vejo, aprendo e cresço
É extensão minha para ele.
Desse modo, meus pensamentos,
Minhas paixões, meus amores são tão diferentes,
E únicos, que só olhando-os nos olhos,
Verás, que todos somos nós e únicos.
De que importa a idade, a lei,
O arco-íris, a profundidade dos lagos,
As montanhas de neve, as estradas de terra,
Quando se tem, não à mim, mas nós?
Olhe, viva fora das cercas das mentiras,
Das manipulações, dos iguais...
Parece que as suas palavras são pra mim...
Isso é o que você disse, e as são.
Pra quem mais deveriam ser,
A não ser àquela que os meus olhos fitam?
Já consegui os remos,
A vontade e a verdade,
Agora só me falta ouvir de ti,
Se nos salvamos ou afogamos neste mesmo barco
Que nos encontramos.
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