Cores

(Víctor Lemes)


Quando se está preto, procuro o vermelho.
Mas quando tudo está cinza, procuro o azul.
Pois onde piso é azul, prefiro o verde.
Já que o verde está em todo o meu consciente, vermelho fico.
Mas muito vermelho deixa-me cego, branco lá vou eu.
Branco os meus pensamentos voam, feito os brancos dos azuis,
Que um dia já foram vermelhos, uso preto.
Preto é o neutro, o ciclo, o renascimento,
Laranja me dá fome, me faz ter calor.
Laranja demais atrapalha na mesa,
E nas situações estas, cinza é o que conforta.
Mas as cinzas, dos brancos compridos
Já não me trazem boas lembranças,
Uso rosa pra esquecer quem sou.
E o rosa acalma, acaba com o preconceito, acaba com o pessimismo,
Me traz o vermelho mais o branco, que se junta ao verde
Daquele meu consciente...
E quando, na frente do espelho me vejo:
Sou transparente.

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