Sangik

(Víctor Lemes)



Por debaixo das unhas sujas
A poeira se encontra,
E com o polegar a sangrar
O sangue azedo se chupa.

E antes mesmo de escrever,
O pensar de nada vale,
Quando o que a mão faz,
O coração já não o faz.


E quanto ainda aprender tenho eu
Sem saber por onde terminar,
Começar o 'descomeçado',
Apenas terminando o que não era meu.

Enquanto as crianças dormem,
E os velhos resmungam,
As formigas trabalham,
Cem folhas nas costas, por aí vagam.

E por onde passo
Há crianças por todos os lados,
E as cinco raças de cor
Estão presas no calabouço.

Quando em vezes, somos mil;
Quando em dias, somos trezentos;
Quando em luzes, somos bilhões;
Quando juntos, somos únicos.

E quando Deus, só está, é Zero.
E quando nós a Ele estamos,
E a nós mesmos unimo-nos,
Somos o Omêga, somos os homens Pi.

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