"deatta wake wa dou datte ii hikitsukerarete
fureta shunkan no kizu no bun dake tashika ni nareru"
- T. M. Revolution


Raízes


(Víctor "Mark" Lemes)



Impossível pensar que não vêem
O que é tão fácil perceber
Dentro daqueles olhos brilhantes
As almas que, ingênuas, não reagem.

O calor que nos invade
A pele e por debaixo desta,
O direito de uns livres
Roubando dos outros a liberdade.

Os cabelos que cobrem minha face
Agora estão mais lisos
Assim como as linhas desta velha folha
Que a você, nunca chegará a ler.

Essa luz branca que nos invade
Por todos os cantos ela está.
De onde vem tanto brilho?
De onde vem tanta maldade?

E pra onde ele foi parar?
Pra onde devemos ir?
Quando é que vamos partir?

Vamos viajar pro norte
Vamos ver as águas que lá tem
Rápido, corras até as margens
Veja como os peixes flutuam mortos de fome.

Não tenha medo do que é
Do que foi, ou que deixou de ser.
Não tenha medo de acreditar
Naquilo lhe digo: pare de matar.


A cada dia que olho pro céu
Às noites de frio, ele lá está
Me observando como Deus faz
Me tira o medo do erro, me faz confiar.

Compaixão, fraternidade,
Despreendimento, humildade,
Amor, Verdade;
Estou subindo, rumo à Felicidade.

Não vou medir esforços
Hei de colher todos os bons frutos.
Aquilo que perdi talvez tenha sido
Para minha raiz, adubo.

E hei de crescer,
E ser uma grande árvore.
Cuidado há de tomar,
Pra não tornar-me um baobá.

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