O tolo

(Víctor Lemes)


Quando do vestido
Ela servir-se
Que brote nos outros o sorriso,
Que vejam a luz dele.

Do perfume,
Que possa eu lembrar
O tempo paira no ar
E no coração só a vontade.

As pessoas se vão
Enquanto os abraços ficam,
Queria que fosse o contrário
Só para sempre tê-la ao lado.

Ingênuo, pobre coração ingênuo
Teima em querer abraçá-la
Sem entrelaçar almas
Mais tarde, então, há de chorar seco.

Quando, ou se,
Aquele dia chegar
Qual será meu próximo movimento?
Quais palavras hei de dizer-lhe?

Tolice, tolice pensar nele:
neste futuro que pouco fala,
Que me faz sentir saudade
Todas as noites quando vai embora...

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