Pra sempre
(Víctor Lemes)
E agora, todas as noites quando durmo,
Deixo o anel bem preso ao redor do dedo.
Sem pensar se de manhã vai doer ou não,
Ou se, pra sempre, nele vá resolver ficar.
Olho no espelho, e me vejo maior.
Mais alto, as mãos mais largas.
Os olhos maiores e brilhantes,
O rosto amplo, o coração aberto.
Cinco dias sem contato algum,
Cinco dias sem escrever
Ou mesmo sem inpiração.
Dois anos para o embarcar dos trens,
Dois anos para o adeus,
Ou então para a comemoração.
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