Sem título 14
Enquanto o caos segue em frente com toda a calma do mundo.
- Renato Russo
(Víctor Lemes)
Vejo as linhas de minha mão
Quando só há escuridão,
Os caminhos tão traçados,
Pontes quebradas por vidros quebrados.
Olho o teto hoje, frustrado.
E de repente acordo
De um sonho distante,
Onde o meu mundo é coberto
Por um lençol iluminado,
Bordado com estrelas de inverno,
E seu movimento é constante.
Havia flores na janela hoje cedo,
E meu coração entardeceu-se,
E o eu que tenho aqui dentro,
Aquele que é tal qual morcego,
Quando a noite chegara
Já havia despertado.
Está sereno, calmo,
Repousa seus braços em meus ombros,
Me beija o topo da cabeça,
E me abraça sem ter braços.
Mas posso senti-los ao redor de mim.
Só não sei se é um querubim,
Ou um serafim.
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