Soneto a seu moço

(Víctor Lemes)


Com licença, seu moço...
Devo aqui soltar o verbo,
Já não me aguento mais,
Só assim me sentirei em paz...

Aconteceu no almoço,
Pois me lembrara dela,
E da, então, anterior conversa,
Cujo "eu te amo" não falei.

Desculpe-me, seu moço.
Sou assim mesmo, um desajeitado
Sem rumo aparente...

Me remoendo até o osso,
O remorso do "eu te amo" não falado.
Finjo sentir-me gente...

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