Do Sol
(Víctor Lemes)
No momento que o Sol
Se repartiu ao meio,
Pude ver o rosto tolo meu,
Como um bobo estático
Parado, atrapalhando o movimento
Da rua movimentada.
E na redundância da vida de muita gente,
Chega eu, o poeta reluzente, para
Trazer ao povo o Amor ausente
De um calor aparente.
Enquanto essa gente sem dente,
Sorri nas fotografias sem cor.
Eu sou a poesia.
Ela, minha tinta.
Meus dias são muitas páginas
Rabiscadas...
Sou uma lapiseira, que não é nada
Sem grafite.
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