Dardo de Deus


(Víctor Lemes)

O que pensas de mim, tu
que não te afogas
nas fortes correntezas
de vácuo que percorrem
meu quarto?

O que há de tanto neste quarto,
Que enche e preenche os cantos secos
Todos, feito água que morre pelas arestas,
Ou como um tolo a escrever sem sono?

A incógnita de ser feliz com pouco,
De não sentir o que se sente sem as mãos,
Ao lançar o dardo e errar o alvo Deus sorriu,
Ao suspirar disse-me: "Olha só, não é que caiu?"

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

The Tide Rises, the Tide Falls: Minha tradução

Desejo

Embora