E...

(Víctor Lemes)


Talvez faça Sol enquanto em minha vida chove,
Enquanto as formigas passam lentas, o vento corre...
Tu, que aguardas minha iminente chegada
De uma guerra não controlada,
Vês que nada sei sobre as cerejas verdadeiras,
E me ofereces um par delas; degusto-as
E sinto o gosto de teus olhos claros...
Sinto teus dedos em meu rosto e meus braços...
Eu, este andarilho a favor do Destino,
Este poeta distante, eloquente e perdido,
Me rendo a teus laços, e teus lírios...
Nesta partida não quero vencer-te;
Nunca tentara, para dizer a verdade...
Não prometo nada mais que posso imaginar,
Não aceito qualquer coisa que possas me jogar,
Mas me rendo a teus desejos, ó Deus das Alturas!
E continuo Amando quem me Amas...

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