Consolação
(Víctor Lemes)
Pai do céu, que moça
era aquela,
toda de branco,
no trem, era a mais bela.
Desde a Paraíso
à Consolação,
Trocando fugazes olhares,
lado a lado no vagão.
Ai de mim, pobre coitado
Se fosse mais assanhado
Inclinaria meu rosto,
E tascaria nela um beijo!
Mas faço parte daqueles
Que pensam demais.
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