Muitos não vão ler até o fim... Quem você vai ser?
(Osho)
A contribuição de Pitágoras à filosofia ocidental é imensa, incalculável. Pela primeira vez, ele introduziu o vegetarianismo ao Ocidente. A idéia do vegetarianismo é de imenso valor; ela está baseada na grande reverência à vida.
A mente moderna pode agora entender isso de uma maneira muito melhor, pois agora sabemos que todas as formas de vida estão interligadas, são interdependentes. O ser humano não é uma ilha, ele existe em uma rede infinita de milhões de formas de vida e de existência. Existimos em uma corrente, não estamos separados. E destruir outros animais não é apenas feio e desumano, mas também não-científico. Estamos destruindo nossa própria fundação, já que a vida existe em uma unidade orgânica. O ser humano existe como parte dessa orquestra.
O vegetarianismo simplesmente significa: não destrua a vida; vida é Deus. Evite destruí-la, senão você estará destruindo a própria ecologia.
E há algo muito científico por trás disso. Não é por acaso que todas as religiões que nasceram na Índia são basicamente vegetarianas e que todas as que nasceram fora da Índia são não-vegetarianas. Os cumes mais elevados da consciência religiosa nasceram na Índia.
O vegetarianismo funciona como uma purificação. Quando você come animais, fica pesado, é puxado mais em direção à terra. Quando você é vegetariano, fica leve, está mais sob a lei da graça, sob a lei do poder e começa a ser puxado em direção ao céu.
Sua comida não é apenas comida, ela é você. O que você come, você se torna. Se você come algo que esteja fundamentalmente baseado em assassinato, em violência, não pode se elevar acima da lei da necessidade. Você se tornará mais ou menos um animal. O humano nasce quando você começa a se mover acima dos animais, quando começa a fazer algo a si mesmo que nenhum animal pode fazer.
O vegetarianismo é um esforço consciente, um esforço deliberado, para tirá-lo do peso que o mantém atado à terra, de tal modo que assim você possa voar.
Quanto mais leve a comida, mais profunda será a meditação. Quanto mais grosseira a comida, então a meditação se torna mais e mais difícil. Não estou dizendo que a meditação é impossível para um não-vegetariano; ela não é impossível, mas é desnecessariamente difícil.
É como um homem que sobe uma montanha e carrega muitas pedras. É possível que, mesmo carregando pedras, você possa chegar ao topo da montanha, mas isso cria problemas desnecessários. Você poderia ter jogado fora essas pedras, poderia ter se aliviado e a escalada poderia ser mais fácil e mais agradável.
A pessoa inteligente não carrega pedras quando sobe uma montanha, não carrega nada desnecessário. E, quanto mais alto ela estiver, mais e mais leve ficará; mesmo se estiver carregando algo, ela o abandonará.
O vegetarianismo é de imensa ajuda, ele muda a sua química. Quando um animal é morto, ele está com raiva, com medo, naturalmente. Quando você mata um animal... Pense em você sendo morto. Qual será o estado de sua consciência? Qual será sua psicologia? Todos os tipos de veneno serão liberados em seu corpo, pois, quando está com raiva, um certo tipo de toxina é liberada em seu sangue. Quando você está com medo, de novo outros tipos de toxinas serão liberadas em seu sangue. E, quando você está sendo assassinado, esses são o medo e a raiva supremos. Todas as glândulas de seu corpo liberam todos os seus venenos.
E o ser humano segue vivendo dessa carne envenenada. Se ela o mantém raivoso, violento, agressivo, isso não é estranho, mas natural. Quando você vive da morte, não tem nenhum respeito pela vida, é inimigo da vida.
E quem é inimigo das criaturas de Deus também não pode ser amigo de Deus. Se você destruir uma pintura de Picasso, não pode ser respeitoso para com Picasso, é impossível. Todas as criaturas pertencem a Deus; Deus vive nelas, respira nelas. Elas são sua manifestação, assim como você. Elas são irmãos e irmãs.
Quando você vê um animal, se a idéia de irmandade não lhe surgir, você não sabe o que é prece, nunca saberá o que é prece. E é tão feia a própria idéia de que apenas por comida, apenas pelo paladar, você pode destruir a vida. É impossível acreditar que o ser humano siga fazendo isso.
Pitágoras foi o primeiro a introduzir o vegetarianismo no Ocidente. É de uma grande profundidade o ser humano aprender a viver em irmandade com a natureza, em irmandade com as criaturas. Essa é a base, e somente sobre essa base você pode basear sua prece, sua meditatividade. Você pode observar por si mesmo: quando você come carne, a meditação será mais difícil.
É um fato inquestionável que, se você quiser meditar, se quiser silenciar a mente, se quiser ficar leve, tão leve que a terra não possa puxá-lo para baixo, tão leve que você comece a levitar, tão leve que o céu se torne disponível a você, então precisará se mover do condicionamento não-vegetariano para a liberdade do vegetarianismo.
O vegetarianismo não tem nada a ver com religião: ele é algo basicamente científico. Ele não tem nada a ver com moralidade, mas muito a ver com estética. É inacreditável que um ser humano de sensibilidade, de consciência, de compreensão e de amor possa comer carne. E, se ele puder comer carne, então algo está faltando; em alguma dimensão ele ainda está inconsciente do que está fazendo, inconsciente das implicações de seus atos.
Mas Pitágoras não foi ouvido, não foi acreditado; pelo contrário, foi ridicularizado e perseguido. E ele trouxe um dos maiores tesouros do Oriente para o Ocidente, ele trouxe um grande experimento. Se ele tivesse sido ouvido, o Ocidente teria se tornado um mundo totalmente diferente.
Não podemos mudar a consciência humana a menos que comecemos a mudar o corpo humano. Quando você come carne, está absorvendo o animal em você, e o animal precisa ser transcendido. Evite!
Você terá que observar toda a sua vida, terá que observar cada pequeno hábito em detalhe, pois, algumas vezes, algo muito pequeno pode mudar toda a sua vida. Algumas vezes pode ser algo muito simples, e ele pode mudar a sua vida tão totalmente que parece inacreditável.
Tente o vegetarianismo e você ficará surpreso: a meditação se tornará mais fácil, o amor se tornará mais sutil e perderá sua grosseria, se tornará mais sensível e menos sensual, e o seu corpo também começará a ter uma vibração diferente; você se tornará mais gracioso, mais suave, mais feminino, menos agressivo, mais receptivo.
O vegetarianismo é uma mudança alquímica em você, ele cria o espaço no qual o metal básico pode ser transformado em ouro.
(Philosophia Perennis, volume 2, capítulo 6)
A contribuição de Pitágoras à filosofia ocidental é imensa, incalculável. Pela primeira vez, ele introduziu o vegetarianismo ao Ocidente. A idéia do vegetarianismo é de imenso valor; ela está baseada na grande reverência à vida.
A mente moderna pode agora entender isso de uma maneira muito melhor, pois agora sabemos que todas as formas de vida estão interligadas, são interdependentes. O ser humano não é uma ilha, ele existe em uma rede infinita de milhões de formas de vida e de existência. Existimos em uma corrente, não estamos separados. E destruir outros animais não é apenas feio e desumano, mas também não-científico. Estamos destruindo nossa própria fundação, já que a vida existe em uma unidade orgânica. O ser humano existe como parte dessa orquestra.
O vegetarianismo simplesmente significa: não destrua a vida; vida é Deus. Evite destruí-la, senão você estará destruindo a própria ecologia.
E há algo muito científico por trás disso. Não é por acaso que todas as religiões que nasceram na Índia são basicamente vegetarianas e que todas as que nasceram fora da Índia são não-vegetarianas. Os cumes mais elevados da consciência religiosa nasceram na Índia.
O vegetarianismo funciona como uma purificação. Quando você come animais, fica pesado, é puxado mais em direção à terra. Quando você é vegetariano, fica leve, está mais sob a lei da graça, sob a lei do poder e começa a ser puxado em direção ao céu.
Sua comida não é apenas comida, ela é você. O que você come, você se torna. Se você come algo que esteja fundamentalmente baseado em assassinato, em violência, não pode se elevar acima da lei da necessidade. Você se tornará mais ou menos um animal. O humano nasce quando você começa a se mover acima dos animais, quando começa a fazer algo a si mesmo que nenhum animal pode fazer.
O vegetarianismo é um esforço consciente, um esforço deliberado, para tirá-lo do peso que o mantém atado à terra, de tal modo que assim você possa voar.
Quanto mais leve a comida, mais profunda será a meditação. Quanto mais grosseira a comida, então a meditação se torna mais e mais difícil. Não estou dizendo que a meditação é impossível para um não-vegetariano; ela não é impossível, mas é desnecessariamente difícil.
É como um homem que sobe uma montanha e carrega muitas pedras. É possível que, mesmo carregando pedras, você possa chegar ao topo da montanha, mas isso cria problemas desnecessários. Você poderia ter jogado fora essas pedras, poderia ter se aliviado e a escalada poderia ser mais fácil e mais agradável.
A pessoa inteligente não carrega pedras quando sobe uma montanha, não carrega nada desnecessário. E, quanto mais alto ela estiver, mais e mais leve ficará; mesmo se estiver carregando algo, ela o abandonará.
O vegetarianismo é de imensa ajuda, ele muda a sua química. Quando um animal é morto, ele está com raiva, com medo, naturalmente. Quando você mata um animal... Pense em você sendo morto. Qual será o estado de sua consciência? Qual será sua psicologia? Todos os tipos de veneno serão liberados em seu corpo, pois, quando está com raiva, um certo tipo de toxina é liberada em seu sangue. Quando você está com medo, de novo outros tipos de toxinas serão liberadas em seu sangue. E, quando você está sendo assassinado, esses são o medo e a raiva supremos. Todas as glândulas de seu corpo liberam todos os seus venenos.
E o ser humano segue vivendo dessa carne envenenada. Se ela o mantém raivoso, violento, agressivo, isso não é estranho, mas natural. Quando você vive da morte, não tem nenhum respeito pela vida, é inimigo da vida.
E quem é inimigo das criaturas de Deus também não pode ser amigo de Deus. Se você destruir uma pintura de Picasso, não pode ser respeitoso para com Picasso, é impossível. Todas as criaturas pertencem a Deus; Deus vive nelas, respira nelas. Elas são sua manifestação, assim como você. Elas são irmãos e irmãs.
Quando você vê um animal, se a idéia de irmandade não lhe surgir, você não sabe o que é prece, nunca saberá o que é prece. E é tão feia a própria idéia de que apenas por comida, apenas pelo paladar, você pode destruir a vida. É impossível acreditar que o ser humano siga fazendo isso.
Pitágoras foi o primeiro a introduzir o vegetarianismo no Ocidente. É de uma grande profundidade o ser humano aprender a viver em irmandade com a natureza, em irmandade com as criaturas. Essa é a base, e somente sobre essa base você pode basear sua prece, sua meditatividade. Você pode observar por si mesmo: quando você come carne, a meditação será mais difícil.
É um fato inquestionável que, se você quiser meditar, se quiser silenciar a mente, se quiser ficar leve, tão leve que a terra não possa puxá-lo para baixo, tão leve que você comece a levitar, tão leve que o céu se torne disponível a você, então precisará se mover do condicionamento não-vegetariano para a liberdade do vegetarianismo.
O vegetarianismo não tem nada a ver com religião: ele é algo basicamente científico. Ele não tem nada a ver com moralidade, mas muito a ver com estética. É inacreditável que um ser humano de sensibilidade, de consciência, de compreensão e de amor possa comer carne. E, se ele puder comer carne, então algo está faltando; em alguma dimensão ele ainda está inconsciente do que está fazendo, inconsciente das implicações de seus atos.
Mas Pitágoras não foi ouvido, não foi acreditado; pelo contrário, foi ridicularizado e perseguido. E ele trouxe um dos maiores tesouros do Oriente para o Ocidente, ele trouxe um grande experimento. Se ele tivesse sido ouvido, o Ocidente teria se tornado um mundo totalmente diferente.
Não podemos mudar a consciência humana a menos que comecemos a mudar o corpo humano. Quando você come carne, está absorvendo o animal em você, e o animal precisa ser transcendido. Evite!
Você terá que observar toda a sua vida, terá que observar cada pequeno hábito em detalhe, pois, algumas vezes, algo muito pequeno pode mudar toda a sua vida. Algumas vezes pode ser algo muito simples, e ele pode mudar a sua vida tão totalmente que parece inacreditável.
Tente o vegetarianismo e você ficará surpreso: a meditação se tornará mais fácil, o amor se tornará mais sutil e perderá sua grosseria, se tornará mais sensível e menos sensual, e o seu corpo também começará a ter uma vibração diferente; você se tornará mais gracioso, mais suave, mais feminino, menos agressivo, mais receptivo.
O vegetarianismo é uma mudança alquímica em você, ele cria o espaço no qual o metal básico pode ser transformado em ouro.
(Philosophia Perennis, volume 2, capítulo 6)
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