Fiquei de postá-la antes, mas apenas agora me lembrei. Foi um trabalho da pós, durante o módulo de literatura inglesa. Tínhamos que tentar traduzir o poema de Henry Wadsworth Longfellow "The Tide Rises, the Tide Falls" , sem perder a rima e o ritmo. Esta foi minha tentativa: “A maré sobe, a maré desce” (tradução: Víctor Lemes) A maré sobe, a maré desce, Os pássaros chamam, o crepúsculo escurece; Junto à areia do mar, marrom e úmida O viajante apressa-se até a cidadela, E a maré sobe, a maré desce. A escuridão, em muros e telhados, acomoda-se Mas o mar, o mar na escuridão chama; As pequeninas ondas, de mãos macias e brancas Apagam da areia suas pegadas, E a maré sobe, a maré desce. Os cavalos em seus estábulos; o dia nasce Relincham e trotam, enquanto o cocheiro chama; O dia retorna, porém não mais Retorna o viajante à praia. E a maré sobe, a maré desce.
(Víctor Lemes) Tenho um desejo E por assim sê-lo sei Que me levará ao erro, Mas queria tanto que soubesse. Declarar-me-ia culpado Por amá-la sem ter pedido Permissão alguma. Um dia sei que sentirá Todo esse sentimento, Que hoje permanece oculto, Pois temo sua partida. Pra mim, agora, apenas Me dou por satisfeito Ser ouvido e poder ouvi-la.
(Víctor Lemes) Embora haja na vida Algo de mim em toda parte, Busco sua presença Como a beleza busca a arte. Ainda que haja entre nós A distância eterna de uma rua, Torno-me um com versos próximos E faço de cada sílaba minha sua. Conquanto haja em mim Parte de você como memória, Continuo vivendo sem o fim Querer em minha história.
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