Esvaziado

(Víctor Lemes)



Escrevo para não me deixar magoar,
Para o meu espírito
Te transbordar
O que, a mim, serve de alimento.

Escrevo para preencher o que em
Mim ainda não habita,
E no blecaute da avenida
Me despeço d’outra vírgula.

Sou o que vive
Por fora,
Sou o exposto.

Sou um perdão
Nunca sequer pronunciado,
Sou a incógnita do meu passado.

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