Sem título

Embora digam na vida haja altos e baixos, no fundo, lá no fundo, a gente sabe que o que foi alto era porque nos sentíamos baixos; e se teve baixos, foi porque nos sentíamos altos demais. Melhor seria se soubéssemos estar nivelados, como um terreno que está prestes a ser edificado. É preciso nivelá-lo primeiro. Perdemos muita energia, não tempo, tentando ensinar aos outros aquilo que aprendemos, mas nos esquecemos que apenas aprendemos por meio de nossas experiências. E acabamos achando que transmitindo nossas experiências a alguém, estamos desse modo ensinando-as. Ledo engano. O que me faz um bom professor? Às vezes fico pensando nisso... E chego a conclusão, quase sempre, que é porque consigo inspirá-los para serem quem eles não sabem que podem tornar a ser. Incentivo-os a ter suas próprias experiências. Não gosto quando passam a copiar apenas o que passo na lousa. Para mim, não faz sentido apenas copiar alguém. Com tanta informação sendo jogada na nossa frente, às vezes a gente se confunde e pensa que num mundo onde vivem 7 bilhões de seres humanos, não é possível que não haja a mesmice. Penso diferente: há 7 bilhões de seres humanos, e 7 bilhões de seres únicos no mundo inteiro. Se houver alguém igual a outro, em tudo e literalmente tudo, não será por falta de criatividade da Existência, mas sim, por escolha (ou falta dela) do indivíduo que quis ser idêntico ao outro. É um clichê, eu sei, mas a vida ensina a gente. Mas para isso a gente não pode esperar nada dela, é como se a vida fosse um professor substituto, do qual você não sabe nada dele, no entanto, inexoravelmente deverá confiar nele sem ter a certeza de que a aula será chata e entendiante ou engraçada e interessante. Se não estiver a fim de assistir aquela aula, você sempre pode retirar-se da sala, contudo, nunca saberá de fato, se aquilo que passou você perdeu ou não...

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