Sem título

(Víctor Lemes)

Ando tão triste
Às vezes, à noite custo-me
A conseguir dormir
E quando vou deitar
Cubro-me com as cobertas
O meu corpo, e as lágrimas
O meu rosto

Ando tão frio
Quase sempre, à noite sinto
O vento gelado atravessar
Meu corpo, como se eu não
Estivesse ali, como se nada
Houvesse como matéria
Que desviasse o ar

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