Set
(Víctor Lemes)
Ao me aproximar do fim de uma era,
Devo dizer que os meus vícios
Todos eles devem ficar aqui,
Não os quero mais comigo
No ano que se aproxima.
E a cada tentação de um instinto
Animal a que não mais me pertence,
Um convite será feito dos céus
Do meu peito, e estarei à frente
De novos versos como estes.
Ao contrário do que costumava fazer,
Não enterro mais meus outros eus.
Cada um se encontra em seu quarto,
Todos estão com seus cadernos
E todos hão de escrever-me em versos.
Aprendi que sombras não se matam,
Se aprende a conviver com elas.
Elas nunca se desfazem de nós
Pois não existiriam a sós.
E então, tenho uma coleção de outros
Que assim como eu, também já viveram.
Eles estão em mim, mas não são o que sou.
São uma porção de passados.
Dê-me, então, a permissão
De ser seu eterno presente.
Ao me aproximar do fim de uma era,
Devo dizer que os meus vícios
Todos eles devem ficar aqui,
Não os quero mais comigo
No ano que se aproxima.
E a cada tentação de um instinto
Animal a que não mais me pertence,
Um convite será feito dos céus
Do meu peito, e estarei à frente
De novos versos como estes.
Ao contrário do que costumava fazer,
Não enterro mais meus outros eus.
Cada um se encontra em seu quarto,
Todos estão com seus cadernos
E todos hão de escrever-me em versos.
Aprendi que sombras não se matam,
Se aprende a conviver com elas.
Elas nunca se desfazem de nós
Pois não existiriam a sós.
E então, tenho uma coleção de outros
Que assim como eu, também já viveram.
Eles estão em mim, mas não são o que sou.
São uma porção de passados.
Dê-me, então, a permissão
De ser seu eterno presente.
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