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Mostrando postagens de novembro, 2008
Domingo é tudo igual! (Víctor Lemes) Ah! A falta de ar voltou! E com ela todos os meus anseios, Meus desejos não realizados, Toda frustração em não conseguir terminar, Mais ainda em não ter a chance de começar... E quando dá aquela sensação de falta de ar, eu levanto, torço, Viro, mexo e remexo, Só pra respirar! É a ansiedade... Porque espero muito. E que talvez não devesse esperar tanto. Curiosamente tenho falta de ar até nos sonhos, Por isso acordo cansado. Como se fosse Um pesadelo, um sonho cansativo. E descobri também, aliás, Fiquei sabendo que já fomos Pedras. Imagina o quão chata foi a nossa vida. O incrível é que passou tão rápido pra já Estarmos aqui. E curioso ainda, é descobrir que Quando a vida é chata, aqui, Ela passa tão devagar! Amém, existe a música! Pra me fazer viajar, sem sair do lugar... Tirando os pés do chão apenas pra dançar! E não há mais nada pra lhe falar, Porque os assuntos já acabaram, A vontade de escrever está se acab...
Sem título 2 (Víctor Lemes) As músicas são incríveis , Pois nos tocam lá no fundo Nos fazem rir, chorar, E lá se vão... Para o não-tempo Da imensidão do espaço Pra onde eu possa me esticar Onde eu possa pensar... Tem dias como hoje, Que acordo sem ar, E tento respirar direito O dia todo... A ansiedade me prega uma peça E me faz fingir asfixia, Por todo o dia, Só pra testar minha paciencia ... Porque ela sabe, Que quando não sei, Vejo ou a ouço, Fico sem ar... E não há estrelas, Nuvens, planetas, Dos mais belos, e enigmáticos, Que me faça distrair-me do meu foco: Você.
Nós (Víctor Lemes) Que nos mostrou que nem tudo é perfeito; Que tamanho não é documento; Que nem tudo que vemos é real, E que nada que imaginamos não existe. Nos ensinou que não somos únicos; Não somos belos, nem honrados; Somos apenas mais um ponto de luz No espaço. Não há o novo, Só as cópias aperfeiçoadas. Porque tudo que imaginamos Já existe. Tudo. O difícil é imaginar o nada. Todas as verdades foram apagadas, Queimadas, esquecidas. Mas um dia viremos a conhecer todas. Conhecer toda a vida, Todas as vidas, Todos os tipos de plantas que nossos olhos Não são capazes de enxergar... Veremos a cor do Amor. Verei a cor do Amor, Além da cor de seus olhos. E tal como a semente De mostarda, Verei o universo, Verei você e tudo que há de mais belo Lá e cá... E naquele momento, Me sentirei completo, Pois veremos a mesma coisa. Veremos juntos. Viveremos juntos.
Menino (Víctor Lemes) Preso ao tempo. Preso nele, dependo dele. Sou escravo dele. Dependo dele. Tudo que me rodeia, Tudo que vejo, que sinto, Pensam nele, Pensam nesse senhor do tempo. Por que têm que pensar nele? É mais importante assim, que Ao deixar o tempo ficar, Lá se vai o amar... Eu, que ao ver a chance Assim tão perto, que Ao tocá-la estremeço, Ao mesmo tempo, Tira-a de mim.
“Encumbered forever by desire and ambition There's a hunger still unsatisfied Our weary eyes still stray to the horizon Though down this road we've been so many times” [1] Águas de Março (Víctor Lemes) De frente a um lago, eu estou. Sinto perfume de morangos. Engraçado como, de repente, tudo muda por quase três segundos, a intuição fala mais alto que a razão. E essa mesma intuição torna-se a minha religião. E a vontade, ou a inspiração em escrever voltou, de repente, também. Ah! Saudade de ontem, de tudo que já passou de bom... Queria que você me ensinasse as coisas que eu não sei ainda, e que em troca você me permitisse ensinar-lhe as que eu sei. O mais famoso dos escritores pode ter escrito que há várias formas de amar, contudo prefiro acreditar em quem eu conheço, essa sorte na minha vida, essa mulher que me pôs nos melhores caminhos, me guiou e me guia sempre. Disse que o verdadeiro amor é doar-se. Essa é a única maneira de amar. Engraçado pensar, também, que qu...
"Todo número é Zero diante do infinito." - Victor Hugo O Número da Criação: NADA ( Víctor Lemes ) Contavam-se sete. Não mais que tal número havia de caber ao redor da mesa plástica. Por volta das sete, cadeiras e amizades reunidas, via-se comes e bebes na mesa. Cinco moças entre essas, ela. Dois rapazes, ele e eu. Ele, eu, aquela, ela, aquela, aquela e aquela. Entre risos e reclamações, passam os dias, as tardes de um dia que está prestes a acabar. Parecem esquecer do resto, o que importa é o que está ao redor. Somos nós. Entre piadas e toques, celulares e olhares, fotos e sonhos, eles se entrelaçam. Esquecem-se os números, as contas, o dia ruim, a chuva de ontem, o sol “de rachar” de manhã... Elástico nos cabelos, nos pulsos. Não mais do que sorrisos, bastam para lhe fazer sorrir. Ama-os por isso. Ama-os para todo o sempre. Ele é responsável por eles. Talvez ele não saiba o quão pesado essa oração seja. Mas ele tenta manter a promessa. “Não tenho medo de morrer.” S...