"O Ômega é o Princípio"
Por muito tempo eu me ocupei em escrever sobre coisas que não me pertenciam, mágoas de memórias que nunca brotaram do meu ser, gastei a ponta de meus dedos ao teclar tantas letras inúteis, procurando buscar em mim o poder de provar os versos mais tristes e lindos que um homem poderia escrever. Dentro de poemas, demasiados chorosos, me escondi e me perdi de mim mesmo, e no momento em que eu tentava voltar a ser quem eu nunca deveria ter tentando impedir, me chegavam os comentários e as congratulações que diziam: estou feliz por ler seus poemas, principalmente aquele que diz isso e aquilo, aquele que te trouxe saudades de alguém ou de um lugar, aquele que citou o seu pranto fervoroso... fiz pessoas mais felizes ao ouvirem meus remorsos, meus versos tristes, minhas rimas pobres. Gostavam da minha dor. O que pode um poeta fazer senão escrever sobre aquilo que está morto dentro de seu ser? É a única maneira na terra de fazer reviver algo que já foi... É a mágica dos poetas poderem escreve...