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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Sem título 35

(Víctor Lemes) Numa sexta-feira chega Como quem quer uma dança, Quem de longe olha se encanta, Quem conhece ela não se engana. Finge ser, da rua, a mais santa, E os olhos são como as folhas das plantas, Um sobe-e-desce danado, Já não sabem onde pousar o olhar. E quando encontram aquele belo rapaz, Ambos os olhos pousam nele como fazem As moscas nos pratos sujos do jantar.

Untitled

(Víctor Lemes) Thunder claps in the end of a scene Clouds float away in the blue sky Birds fly away the nervous wind And I am drowning in the deep blue sea. The wound starts bleeding For I shall remain dreaming.

To the spheres

(Víctor Lemes)  Many things have I learned Throughout these few months, Some of them were ‘ridiculous’, Others were like ‘Future Perfect Continuous’: Challenging, but not difficult. I have also learned that ‘To be’ has never been a verb! And that is good to be ambitious; In fact, it is delicious! I have learned that ‘Already’ is placed where ‘not’ Would be. And what comes Before the expression ‘other way’ Is a ‘the’. I learned we are all Noiseless patient spiders, Tirelessly speeding and unreeling Our filaments, filaments, and filaments. And I shall thank each of you In this room for the experiences We have shared, The good memories we shall Never forget. I do not wish nor hope, I neither expect nor wait; I just look forward to Meeting each of you one day.

An usual eye

(Víctor Lemes) Lucky boy, that one over there. Nobody knows when one's lucky enough, 'Til someone tells him he is. At the moment, he has no clue About it; though I do hope one day he will. I shall be nothing now, for the time being, As long as the very same boy stands there, Right next to his lucky charm. He does not Neither do I know how she really is, And that might be the great deal of it: Being eager to decipher what those eyes might hold inside; Decoding the memoirs they shine, Wondering which colours they really are.

Melô da Tristeza

(Víctor Lemes) Que tristeza Me invade Esta noite? Que tristeza, Finjo não saber Ou ter certeza... Que tristeza Perder quem tem Pressa. Que tristeza É essa que o corpo Esfria? Que tristeza, Pai, Que saudade É esta? Mal se foi E já tenho fome Das memórias. Mal começa, E já não quero Apenas lembranças.

Acorde

(Víctor Lemes) Fixado o olhar Na janela do carro, Procuro não piscar Para não cometer pecado. Quem dita as regras Do jogo possui os olhos azuis; Quem escolhe as peças Possui os olhos castanhos. Anseio teus desejos, Aguardo tuas ciladas Neste mundo sem Tempo. Carrego nos dedos A chave das lembranças; Venha a nós, 12 de dezembro.