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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Kismet

(Víctor Lemes) Um mundo onde Nunca existi, Por um instante Ela me sorri. Em minha meditação Não estou no mundo, Ela vive no coração De um sujeito oculto. Ao fechar meus olhos, Parto do mundo, Sou inexistente. A não-existência Faz de mim parte Da sua consciência.

Uma permissão

(Víctor Lemes) Tenho a impressão de Que te incomodo, Clarice... Desde aquela tarde, Quando decidiram Partir-me de ti, Cerrei meus olhos E subi às estrelas Em busca de conforto... Lembro-me bem Do seu "preciso ficar, Não posso ir contigo." Fui e não fui, E agora ao voltar Reencontro-te como Uma Clarice mais jovem, Mas sei que é você Pois, seus traços são iguais, Seu jeito de inclinar a cabeça Como a Lua costumava (E os gatos também costumam) Fazer enquanto cantava Comigo às noites Que sonhava conosco... Ainda discuto com o Tempo, Há coisas que não mudam Assim tão fácil, sabe? (Sei que acreditas em mim, Clarice.) Há coisas que não mudam Assim tão fácil, sabe? Ainda és, para mim, inalcançável. (Só ainda não descobri se fazes de propósito, Clarice.) Saudades tuas.

Soneto à Pequenina

(Víctor Lemes) Ah! Mas que saudade de ti, Amada! Por onde andas Este teu coração que acompanhas Minh'alma? Amo-te! Sinto a formigar toda parte Do corpo, quando assim distante Ainda me encontro... Minha amada, te quero tanto! Anseio ver-te a cada noite, Quão escura esta seja, Não me importa. As palavras que escreves São a voz da cigarra, Que à minha porta toca.

O gato

(Víctor Lemes) Fui desperto por alguém Que não pertence a este plano, E pelo horário, três e vinte da manhã, Sei que foi algum anjo. Acabei de sonhar contigo, Com o você de talvez outro lugar, Que também lê tudo que lhe dedico E deixa seus comentários. Meus textos que aqui escrevo, Que "aqui", neste plano, o lugar Que agora escrevo Serve de aconchego para o você De outro lugar, que parece me amar E me ter com o mesmo apreço *** Que eu tenho pelo você Deste aqui no qual me encontro. E que este instante perdure Dentro do meu peito... Pois, é tão belo e tão reconfortante Saber que me ama igualmente, Senão aqui, em outro lugar, No distante Universo do amar. Terei eu a chance, De um dia, lhe ensinar A ler minhas vírgulas? Serei eu alguma vez, Como aquele gato Que tanto amas?

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Minueto à Marte

(Tradução do poema "Mars's Minuet", publicado em setembro de 2015 .) (Víctor Lemes) "... e eu nunca o farei." De fato, nunca, pois não há Maneira alguma para tal ato, Tampouco vontade alguma De pensar em qualquer possibilidade. "... e eu sentirei saudade tua." Leve minhas palavras contigo mesma Pois são as minhas únicas, tão Únicas quanto amo-te ao falá-las. "... tu percebes quão teus olhos reluzem hoje?" Pois deverias; ambos refletem Tua luz por sobre minhas terças-feiras. Gostaria que tu pudesses ler todos os versos Que não sou capaz de escrever-te...

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The collection of broken hearts

(Víctor Lemes) I may possibly be Another one On the collection she Claims she does not own. I'd taken off my glasses To avoid going deeper into your eyes, For many times, But, as a mermaid comes and goes Your voice had got into my ears And I heard you deep inside of me. There shall be a near instant When you possibly shall go through That feeling I've always had Close to you For someone you, also, deeply love.