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Mostrando postagens de junho, 2012

Minha Poesia

(Víctor Lemes) Minha poesia é tão simples E ínfima e sutil, que Se pudéssemos medi-la Caberia num fio de cabelo meu. Ela é como a tristeza De um coração cansado, repetitivo e chato, que se desfaz esvazia em apenas uma lágrima. Ou como o sorriso de um amigo, De uma pequenina criança, De um gênio da lâmpada. Ela, como tantas outras, Como todos nós, nasce apenas E nunca se parte; só em estrofes...

Consolação

(Víctor Lemes) Pai do céu, que moça era aquela, toda de branco, no trem, era a mais bela. Desde a Paraíso à Consolação, Trocando fugazes olhares, lado a lado no vagão. Ai de mim, pobre coitado Se fosse mais assanhado Inclinaria meu rosto, E tascaria nela um beijo! Mas faço parte daqueles Que pensam demais.

Autumn

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(Víctor Lemes) I am the kind of person who believes in dreams, in co-creations. And believing in which, when I usually wake up in the morning I think: 'What will my motto be like today?'. It can be anything, something stupid or something smart, something blue or something black, something delightful or something sad. This morning I woke up with this feeling of emptiness. It's only normal, I created that situation for myself. At some point I decided to offer everything I had to a girl who was not prepared nor willing to receive all that. I don't blame her, though. It was her free will. Her mind is still young. Anyway, my motto for the next eleven hours is 'a day of giving up'. My love had never been so true before I met her. My love shall never end once it has been created. Funny stuff: this blog was named before as 'turning over new leaves', and that is what I am about to to right now. Turning over these leaves. Farewell, Mr. Autumn.

Para aqueles que tragam o Amor

(Víctor Lemes) Há uma porção de meias para dobrar e guardar nas gavetas, mas tenho evitado abri-las. Andei pensando muito pela manhã e durante o almoço, tanto que minha mãe percebeu e me perguntou: "o que está pensando?", e simplesmente respondei que estava a pensar em nada. Contudo, quem pensa em nada não existe. Quando digo tchau a alguém, não me despeço com beijos no rosto, como os antigos fazem; acho que evito não criar tantos elos com a pessoa. Não quero entrar num transe lúdico novamente. Então, evito o contato direto, o contato mais próximo. Evito palavras pronunciadas, baixo o tom da minha voz, aumento o volume dos fones de ouvido, ouço os telefones tocarem sem algum ruído, e finjo que para os outros sou um desconhecido. Trago comigo as bençãos de todos, guardo-os nos bolsos... Vejo outros jovens pelas ruas de passarinhos azuis, desesperados em quietude, desapontados em inércia, perdidos sem se encontrarem. Aceitando tragos, aceitando trapos. Vivo num déjà vu neste...

A long side

(Víctor Lemes) I dreamt about Mary, a friend of mine. We were at college, going downstairs towards the cafeteria. We were joking around, remembering funny stuffs that had happened with each other during the graduation years, when suddenly her cell phone rang. (I forgot to mention something: Mary's got a boyfriend, Geoffrey, however I don't think he recognizes her as his girlfriend as well.) Anyway, she answered the phone. Her steps had become slower, and I passed her easily. So, I stopped to wait for her but she wasn't there any longer if you know what I mean. I got back to her, had taken her thousands books for kids out of her both hands with nails to be done, and held them between my knees. That was the right moment she looked straight into my eyes and asked something. I couldn't hear what was the question but I knew it was one because of its intonation. 'You are stronger' I replied. She then bent her head slightly to the right side, just like those curious ...